sábado, 14 de setembro de 2013

Definição e Classificação dos Resíduos:


 Resíduos sólidos são materiais, substâncias, objetos ou bens descartados resultantes de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnicas ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível.
Os rejeitos são os resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada;
Classificação:
I – quanto à origem:
a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências urbanas;
b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana;
c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nos itens “a” e “b”;
d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos nos itens “b”, “e”, “g”, “h” e “j”;
e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos no item “c”;
f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais;
g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama (Sistema Nacional de Meio Ambiente) e do SNVS (Sistema Nacional de Vigilância Sanitária);
h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis;
i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades;
j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira;
k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios;
II – quanto à periculosidade:
a) resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica;
b) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados no item “a”.
1. Resíduos sólidos urbanos (RSU) – Brasil
Balanço da geração e coleta de RSU no País em 2009
Os dados apresentados mostram que quase 12% ou 7 milhões de toneladas de RSU deixaram de ser coletados em 2009.
Abaixo está a destinação final do total de RSU coletados no Brasil.
Estado de São Paulo
A tabela abaixo ilustra os dados do Brasil e os dados de São Paulo em relação à geração e coleta dos RSU, em 2009.
No caso do estado de São Paulo, cerca de 4% ou 2 milhões de toneladas de RSU deixaram de ser coletados em 2009.
O total de RSU coletados no Estado de São Paulo, em 2009, teve o seguinte percentual de destinação final.
1.1 Resíduos de Construção Civil (RCC)
A responsabilidade pelo gerenciamento dos RCC é do próprio gerador, portanto os dados de coleta apresentados não refletem o total dos resíduos gerados.
RCC coletados no Brasil entre 2008 e 2009:
Na sequencia está a distribuição total de RCC coletados por Região em relação às 28.530.000 toneladas coletadas no país, em 2009.
2. Resíduos de serviço de saúde (RSS)
A responsabilidade pelo gerenciamento dos RSS é do próprio gerador, portanto os dados de coleta apresentados não refletem o total dos resíduos gerados.
RSS coletado por região do país, em 2009:
Abaixo está a distribuição total, em porcentagem, de RSS coletados por Região em relação às 221.270 toneladas coletadas no país em 2009.
Estado de São Paulo
A região sudeste conta com cerca de 1250 municípios que prestam, total ou parcialmente, serviços atinentes aos RSS, enquanto 418 municípios não possuem estes serviços.
Os dados apresentados na tabela a seguir correspondem à coleta de RSS no Estado de São Paulo.
O Estado de São Paulo possui uma capacidade Instalada de tratamento destes resíduos que corresponde a 100.978,80 (t/ano), distribuída em 3 diferentes tecnologias. A capacidade apresentada, em porcentagem, no gráfico a seguir, é em relação à capacidade total.
3. Resíduos Industriais (RSI)
A responsabilidade pelo gerenciamento dos RSI é do próprio gerador, portanto os dados de coleta apresentados não refletem o total dos resíduos gerados.
Dentro destas condições, foram levantadas quantidades de RSI recebidos e tratados no Brasil por empresas privadas, de acordo com a tecnologia utilizada no processo de tratamento. A tabela abaixo apresenta estas quantidades no período de 2006 e 2007.
Nos gráficos abaixo há a representatividade do percentual destas quantidades, em relação ao total de RSI tratados, em 2006 e 2007, respectivamente.
Considerando como resíduos perigosos àqueles tratados pelas seguintes tecnologias: Aterro para Resíduos Perigosos, Co-processamento em Fornos de Cimento, Incineração, Outros Tratamentos Térmicos, Tratamentos Biológicos e Outras Tecnologias temos o quadro a seguir:
Nas indústrias o tratamento dos resíduos constituintes de passivos ambientais, apresenta-se de forma crescente. A tabela a seguir apresenta as quantidades dos resíduos industriais tratados em relação à origem dos resíduos:
No Brasil o tratamento de RSI é predominante no próprio estado de origem, como pode ser observado na tabela a seguir:
Isto ocorre, principalmente, pelo custo de transporte dos resíduos e também pelas restrições e dificuldades impostas por diversos estados no recebimento de resíduos provenientes de outros estados.
4. Reciclagem de Materiais
Alumínio
De acordo com os dados de 2008 a produção do alumínio primário, no Brasil, foi de cerca de 1.661.000 toneladas, das quais 964.000 foram exportadas.
O consumo de produtos transformados de alumínio cresceu entre 2006 e 2008, como mostra a tabela a seguir.
Reciclagem
A partir do ano 2000 a quantidade reciclada de sucata de latas de alumínio caminhou para um nível próximo a 50% do total de alumínio reciclado.
O Brasil é referência mundial em eficiência no ciclo de reciclagem de alumínio, com uma relação de 35,3% entre a quantidade de sucata recuperada e a quantidade de alumínio consumido pelo mercado interno, estes dados são referentes a 2007. O gráfico a seguir mostra esta relação, em porcentagem (%), entre a sucata recuperada e o consumo interno de alumínio do Brasil, em comparação com alguns países.
Este índice de reciclagem é superior à média mundial de 33,5%, porém corresponde a uma posição intermediária quando comparada com outros países.
O índice de reciclagem de latas de alumínio é calculado através da divisão entre o consumo de sucata de alumínio desta origem, conforme processado pelas principais empresas recicladoras, pela disponibilidade de latas no mercado interno. Observe abaixo este índice, em porcentagem (%), no Brasil e em outros países em 2007 e 2008.
Papel
A evolução da produção de papel e celulose é apresentada a seguir:
Reciclagem
A reciclagem anual de papéis é indicada pela taxa de recuperação de papéis recuperáveis, calculado pela divisão da quantidade total de aparas consumidas no ano, a qual estabelece a quantidade mensurável de papéis realmente reciclados, pela quantidade total de papéis recicláveis consumidos no mesmo período.
Abaixo está um quadro comparativo entre o Brasil e alguns outros países em relação as taxas de papéis recicláveis.
A tabela abaixo apresenta o consumo aparente de papéis recicláveis, que resulta da soma da quantidade produzida no ano acrescida da quantidade importada, menos a quantidade exportada.
Plástico
A evolução da produção e do consumo dos artefatos de plástico no Brasil é ilustrada abaixo.
A quantidade crescente de Empresas do setor de transformação de material plástico no Brasil é dada da seguinte forma:
Reciclagem
Os dados apresentados a seguir referem-se à reciclagem mecânica, ou seja, conversão dos descartes plásticos pós-consumo em grânulos passíveis de serem utilizados na produção de novos artefatos.
Em 2007 as empresas deste segmento totalizavam 780 em todo Brasil, como mostra a Tabela a seguir.
Entre os anos 2005 e 2007 ocorreu uma evolução tanto da quantidade total de plásticos reciclados como da capacidade total instalada de reciclagem do segmento.
O PET é o tipo de plástico mais reciclado do país. A planilha abaixo expõe a evolução dos percentuais de reciclagem desse material de 2005 a 2008:
O gráfico abaixo apresenta, em porcentagem, índices de recuperação do PET no Brasil e em outros países.
Vidro
No Brasil este setor é dividido em quatro principais segmentos de produção, sendo eles: Embalagens, Utensílios Domésticos, Vidros Técnicos e Vidros Planos.
A capacidade de produção destes segmentos pode ser observada, desde 2002, na tabela a seguir.
Reciclagem
No Brasil, a reciclagem de vidros é concentrada no segmento das embalagens. Abaixo está o perfil do destino das embalagens de vidro, do tipo retornável e “One Way”, pós-consumo pesquisada em 2007.]
Sendo considerado reuso indevido práticas como a reutilização, em geral, para embalagens de produtos fabricados informalmente.
O gráfico abaixo representa a destinação dada apenas às embalagens do tipo “One Way” em 2007.
Os índices de reciclagem dos vidros são crescentes
No período de 2005 a 2007 os índices de reciclagem de vidro apresentam uma evolução continuada e positiva.
É importante destacar que o índice registrado em 2007, de 47%, é adequado, pois como exemplificado no gráfico, outros 44% do total das embalagens de vidro tiveram por destino algum tipo de reuso.

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