A emissão de hidrofluorcarboneto (HFC) é um dos principais motivos do aumento desproporcional da temperatura da Terra
A emissão de gases de efeito estufa na atmosfera é um assunto que causa preocupação em ambientalistas ao redor do mundo. O perigo do aquecimento globalexiste, embora esteja rodeado de mitos e de incertezas, que acabaram sendo transformadas em previsões catastróficas.
Muitas análises feitas em um passado não muito distante ganharam descrédito nos tempos atuais, e algumas vozes se levantam contra a chamada “indústria do aquecimento global”. Para muitos ambientalistas, o aquecimento global, da forma que é divulgado por determinadas ONGs, não passa de uma estratégia para ganhar dinheiro com o mercado de carbono.
Exageros à parte, a população sabe muito pouco a respeito do real perigo que envolve o efeito estufa. Dessa forma, sem um conhecimento básico sobre o assunto é difícil assumir uma posição. Em outras palavras, a desinformação é prejudicial até para a causa da sustentabilidade.
Efeito estufa: o que o cerca
O efeito estufa é um processo que faz com que o planeta se mantenha aquecido e, dessa forma, possa existir vida e não apenas geleiras na Terra. Mas o grande perigo está na aceleração desse processo, provocado pela atividade humana. Atividades como o desmatamento de florestas e a emissão de gases de efeito estufa têm sido determinantes no desequilíbrio do balanço de energia do sistema atmosférico da Terra, ocasionando maior retenção de energia e o aumento do efeito estufa.
Quando se trata de mudanças climáticas, o dióxido de carbono é o grande vilão da história. Mas, a emissão de outros gases, como o CFC (clorofluorcaboneto), também é responsável por tal aceleramento, uma vez que contribui para a destruição da camada de ozônio. Por conta disso, em 16 de setembro de 1987, foi assinado o Protocolo de Montreal - onde ficou acordado o banimento gradativo do CFC e sua substituição por outros gases que não agredissem a camada de ozônio.
A partir deste novo cenário, o mercado teria de se adaptar à nova realidade e buscar alternativas. Passou-se a usar os hidrofluorcarbonetos (HFC) que, assim como o CFC, são usados para refrigeração (freezers de supermercado, geladeiras, frigoríficos, etc.), mas não prejudicam a camada de ozônio.
Porém, o que parecia ser uma solução acabou não se mostrando assim. Os gases HFC interagem com os gases de efeito estufa, contribuindo para o aquecimento global. Sendo assim, seu uso acaba sendo um agente importante nesse desequilíbrio ambiental.
Hidrofluorcarbonetos (HFC)
O lançamento dos hidrofluorcarbonetos na atmosfera nos últimos 50 anos foi um dos motivos do aumento desproporcional da temperatura da Terra (como atesta o vídeo abaixo). Seu potencial individual e coletivo para contribuir com mudanças climáticas na superfície terrestre pode ser conferido pela sua eficiência radioativa, força radioativa e/ou Potencial de Aquecimento Global (GWP) – que é muito maior que o do dióxido de carbono.
Os gases HFC também podem influir na temperatura da estratosfera, atmosfera e troposfera e são responsáveis por um aumento na temperatura da tropopausa tropical (camada intermediária entre estratosfera e a troposfera) de 0.4 K.
Se, por um lado, o buraco na camada de ozônio está diminuindo desde o Protocolo de Montreal, a temperatura do planeta tem aumentado descontroladamente nas últimas décadas por conta (entre outros fatores) da emissão dos chamados hidrocarbonetos halogenados (entre eles o CFC e o HFC). Cientistas já preveem que ações similares às tomadas com a emissão destes gases deverão ser impostas, pois, caso contrário, o aquecimento previsto para o próximo século será antecipado em aproximadamente 20 anos.
Fonte : www.ecycle.com.br
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