terça-feira, 30 de julho de 2013

O PVC SUSTENTABILIDADE, VERSATILIDADE E PRODUTIVIDADE

Obtenção:

O PVC é obtido a partir de 57% de insumos provenientes do sal marinho ou da terra (salgema), e somente 43% de insumos provenientes de fontes não renováveis como o petróleo e o gás natural.
Estima-se que somente 0,25% do suprimento mundial de gás e petróleo são consumidos na produção do PVC e há estudos e tecnologia disponível para a substituição dos derivados de petróleo e gás por álcool vegetal (cana-de-açúcar e outros) em sua fabricação.
O cloro, presente na estrutura molecular do PVC, é proveniente do sal marinho (salgema ou cloreto de sódio), uma fonte praticamente inesgotável de matéria-prima. Além do uso na produção do PVC, correspondente a cerca de 34% de sua demanda mundial, o cloro é utilizado em aplicações nas indústrias de cosméticos, purificação de água, papel e celulose, desinfetantes para piscinas, agricultura e indústria farmacêutica, dentre outras.
A presença de cloro no PVC faz com que ele seja um polímero naturalmente resistente à propagação de chamas, contribuindo para aplicações nas quais o retardamento à chama é item desejado, como fios e cabos elétricos, eletrodutos e forros/revestimentos residenciais. Também permite a mistura do PVC com uma gama de aditivos maior que a de qualquer outro termoplástico, possibilitando a preparação de formulações com propriedades e características perfeitamente adequadas a cada aplicação.
O átomo de cloro atua ainda como um identificador dos produtos de PVC, permitindo a separação automatizada dos resíduos de produtos produzidos com esse material de outros plásticos em meio ao lixo sólido urbano, facilitando, assim, sua separação para reciclagem.
O PVC é caracterizado como um material de aplicações de longo ciclo de vida, ou seja, aplicações nas quais o tempo de vida útil do produto antes de seu descarte para o meio ambiente é bastante longo, por exemplo, mais de 20 anos. Como exemplo cita-se tubos e conexões, mangueiras, cabos, perfis, laminados e chapas.
Outra grande vantagem do PVC é que ele é reciclável. A reciclagem situa-se entre as mais destacadas questões emergentes no mundo, tanto pela contribuição que pode dar ao desempenho das empresas - por meio da redução de custos e economia de matérias-primas e insumos - quanto pelos resultados ambientais decorrentes da diminuição de geração de resíduos.
No Brasil a reciclagem do PVC é realizada há décadas e existe toda uma estrutura industrial organizada para esse fim. Ressalta-se que no Brasil o PVC representa aproximadamente 0,8% do lixo urbano. Eventuais descartes em aterros sanitários não contaminam os lençóis freáticos, pois o PVC é um material quimicamente inerte.
Os produtos de PVC são identificados por meio de uma codificação utilizada mundialmente, sendo esta, no Brasil, especificada pela norma ABNT NBR 13230. O símbolo utilizado para designar produtos de PVC é:

Como é produzido?

A base de fabricação do PVC é o sal e o petróleo ou gás natural.
O PVC é um polímero formado pela repetição do mero Cloreto de Vinila (CH2CHCl), sendo inodoro e com aspecto físico de um pó branco.
Os polímeros podem ser divididos em plásticos, fibras poliméricas, borrachas (ou elastômeros), espumas, tintas e adesivos.
Os plásticos podem ser subdivididos em duas categorias, segundo seu comportamento tecnológico diante das condições de processamento: termoplásticos e termofixos ou termorrígidos. O termo plástico é derivado do grego e significa "moldável".
Os materiais termoplásticos apresentam a capacidade de ser repetidamente amolecidos pelo aumento de temperatura e endurecidos pelo resfriamento. Essa alteração é, portanto, reversível. O PVC é considerado um termoplástico, uma vez que exibe essas características.
  1. 1 Do refino do petróleo obtém-se o eteno.
  2. 2 Por eletrólise de uma mistura de água e sal, reação química ocorrida pela passagem de corrente elétrica, obtêm-se o cloro e a soda cáustica.
  3. 3 Por meio de uma reação química entre o cloro e o eteno obtém-se o MVC (monômero de cloreto de vinila).
  4. 4 O MVC é submetido a outra reação química chamada de polimerização e produz uma molécula gigante - polímero - denominada policloreto de vinila ou PVC.
  5. 5 Para ser transformada em produto final, a resina de PVC necessita ser misturada a aditivos (estabilizadores térmicos, modificadores de impacto, cargas, lubrificantes, pigmentos e outros), constituindo, os chamados compostos de PVC, os quais serão transformados em produtos finais, tais como: tubos, conexões, esquadrias, forros entre outras aplicações disponíveis no mercado. Um composto de PVC contém os tipos e as quantidades corretas de aditivos necessários para atender aos requisitos de desempenho do produto final no qual será transformado.

10 BONS MOTIVOS PARA USAR O PVC

  • 01 É o único material plástico que não se origina 100% do petróleo. Composto de 57% de cloro, sua principal matéria-prima é o sal marinho, um recurso natural renovável
  • 02 É extremamente durável: sua vida útil em construções é superior a 50 anos;
  • 03 É imune à ação de fungos, bactérias ou cupim;
  • 04 Não sofre com a maioria dos reagentes químicos;
  • 05 É impermeável a gases e líquidos;
  • 06 Resistente a sol, chuva, vento e maresia;
  • 07 Não propaga chamas: seu uso na construção civil diminui o risco e a intensidade de incêndios;
  • 08 É reciclável e reciclado;
  • 09 É um bom isolante térmico, elétrico e acústico
  • 10 É leve, o que facilita seu manuseio e aplicação.


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INTRODUÇÃO AOS PLÁSTICOS




POLÍMEROS: MATERIAIS DE NOSSO DIA A DIA


O plástico é um dos materiais que pertence à família dos polímeros, e provavelmente o mais popular. Isto levanta uma série de perguntas...


  • Onde encontramos plástico em nosso dia a dia?
  • Por que este tipo de material é tão dominante na nossa era?
  • Por exemplo, por que há baldes em plástico e não de chapa metálica ou madeira, como antigamente?
RespostaBaixo peso.
Para que carregar um pesado balde metálico se o plástico torna o balde leve e estável o suficiente para transportar água?



  • Por que os fios elétricos são revestidos de plástico e não mais de porcelana ou tecido isolante, como antigamente?
Resposta:
O revestimento plástico é mais flexível que a porcelana. Também é bem mais robusto e resistente às intempéries do que os tecidos. E tudo isso sem prejudicar o isolamento elétrico que é absolutamente vital neste caso.



  • Por que as geladeiras são revestidas internamente com plástico?
Resposta:
O plástico é robusto o suficiente e é um ótimo isolante térmico, exigindo menor esforço do compressor para manter os alimentos congelados.



  • Por que o CD é feito de plástico?
Resposta:
O plástico utilizado neste caso – policarbonato (ou, abreviadamente, PC) - é tão transparente quanto o vidro, ao mesmo tempo que é mais leve e é bem menos frágil.



E, o que é mais importante, em todos os casos acima, o plástico apresenta custo bastante compensador em relação aos demais materiais. Este é um fator primordial para sua escolha!



Como nem tudo é perfeito no mundo, há algumas desvantagens inevitáveis decorrentes do uso do plástico:

  • Materiais plásticos permitem menos abusos – principalmente em termos de exposição ao calor.
  • reciclagem do plástico pode ser problemática. Além de alguns problemas técnicos, que serão vistos mais adiante, a viabilidade econômica fica comprometida justamente pelas principais vantagens de sua utilização: baixo preço e baixo peso! Por exemplo, latinhas de alumínio são bem mais atrativas para os catadores de lixo, pois o preço pago é muito maior...





O QUE SÃO POLÍMEROS?


Polímeros são materiais compostos por macromoléculas. Essas macromoléculas são cadeias compostas pela repetição de uma unidade básica, chamada mero. Daí o nome: poli (muitos) + mero.
Os meros estão dispostos um após o outro, como pérolas num colar. Uma macromolécula assume formato muito semelhante ao de um cordão.
Logo, pode-se fazer uma analogia: as moléculas de um polímero estão dispostas de uma maneira muito semelhantes a um novelo de lã. É difícil extrair um fio de um modelo de lã. Também é difícil remover uma molécula de uma porção de plástico, pois as cadeias “seguram-se” entre si.
Por exemplo, o polietileno (ou, abreviadamente, PE) - plástico extremamente comum usado, por exemplo, em saquinhos de leite - é composto pela repetição de milhares de unidades da molécula básica do etileno (ou eteno):

onde n normalmente é superior a 10.000. Ou seja, uma molécula de polietileno é constituída da repetição de 10.000 ou mais unidades de etileno.
O parâmetro n é definido como sendo o Grau de Polimerização do polímero, ou seja, o número de meros que constitui a macromolécula.
Vejamos agora a definição formal de polímero: materiais, cujo elemento essencial é constituído por ligações moleculares orgânicas, que resultam de síntese artificial ou transformação de produtos naturais.
Alguns polímeros podem ser constituídos da repetição de dois ou mais meros. Neste caso, eles são chamados copolímeros. Por exemplo, a macromolécula da borracha sintética SBR é formada pela repetição de dois meros: estireno e butadieno:

Para enfatizar que um polímero é formado pela repetição de um único mero, ele é denominado homopolímero.





COMO SÃO PRODUZIDOS OS POLÍMEROS?


A matéria prima que dá origem ao polímero chama-se monômero. No caso do polietileno (PE) é o etileno (ou eteno).
Por sua vez, o monômero é obtido a partir do petróleo ou gás natural, pois é a rota mais barata.
É possível obter monômeros a partir da madeira, álcool, carvão e até do CO2, pois todas essas matérias primas são ricas em carbono, o átomo principal que constitui os materiais poliméricos. Todas essas rotas, contudo, aumentam o preço do monômero obtido, tornando-o não competitivo.
No passado, os monômeros eram obtidos de resíduos do refino do petróleo. Hoje o consumo de polímeros é tão elevado que esses “resíduos” de antigamente tem de ser produzidos intencionalmente nas refinarias para dar conta do consumo!





COMO SE DIVIDEM OS POLÍMEROS?


Há diversas maneiras de se dividir os polímeros. A classificação conforme as características mecânicas talvez seja a mais importante. Ela decorre, na verdade, da configuração específica das moléculas do polímero.
Sob este aspecto, os polímeros podem ser divididos em termoplásticostermorrígidos (termofixos) e elastômeros (borrachas).


Termoplásticos:


São os chamados plásticos, constituindo a maior parte dos polímeros comerciais.
A principal característica desses polímeros é poder ser fundido diversas vezes. Dependendo do tipo do plástico, também podem dissolver-se em vários solventes. Logo, sua reciclagem é possível, uma característica bastante desejável nos dias dias de hoje.
As propriedades mecânicas variam conforme o plástico: sob temperatura ambiente, podem ser maleáveis, rígidos ou mesmo frágeis.
Estrutura molecular: moléculas lineares dispostas na forma de cordões soltos, mas agregados, como num novelo de lã.
Exemplos: polietileno (PE), polipropileno (PP), poli(tereftalato de etileno) (PET), policarbonato (PC), poliestireno (PS), poli(cloreto de vinila) (PVC), poli(metilmetacrilato) (PMMA)...


Termorrígidos (Termofixos):


São rígidos e frágeis, sendo muito estáveis a variações de temperatura.
Uma vez prontos, não mais se fundem. O aquecimento do polímero acabado a altas temperaturas promove decomposição do material antes de sua fusão. Logo, sua reciclagem é complicada.
Estrutura molecular: na verdade, os cordões estão ligados fisicamente entre si, formando uma rede ou reticulado. Eles estão presos entre si através de numerosas ligações, não se movimentando com alguma liberdade como no caso dos termoplásticos. Pode-se fazer uma analogia com uma rede de malha muito fina.
Exemplosbaquelite, usada em tomadas e no embutimento de amostras metalográficas; poliéster usado em carrocerias, caixas d'água, piscinas, etc., na forma de plástico reforçado (fiberglass).


Elastômeros (Borrachas):


Classe intermediária entre os termoplásticos e os termorrígidos: não são fusíveis, mas apresentam alta elasticidade, não sendo rígidos como os termofixos.
Reciclagem complicada pela incapacidade de fusão, de forma análoga aos termorrígidos.
Estrutura molecular: a estrutura é similar à do termorrígido mas, neste caso, há menor número de ligações entre os “cordões”. Ou seja, é como se fosse uma rede, mas com malhas bem mais largas que os termorrígidos. Exemplos: pneus, vedações, mangueiras de borracha.





PROPRIEDADES FÍSICAS DOS POLÍMEROS


. Leves
Mais leves que metais ou cerâmica. Ex: PE é 3 vezes mais leve que o alumínio e 8 vezes mais leve que o aço.
Motivação para uso na indústria de transportes, embalagens, equipamentos de esporte...



. Propriedades Mecânicas Interessantes

Alta flexibilidade, variável ao longo de faixa bastante ampla, conforme o tipo de polímero e os aditivos usados na sua formulação;
Alta resistência ao impacto. Tal propriedade, associada à transparência, permite substituição do vidro em várias aplicações. Quais seriam? lentes de óculos (em acrílico ou policarbonato), faróis de automóveis (policarbonato), janelas de trens de subúrbio, constantemente quebradas por vândalos (policarbonato);
Note-se, contudo, que a resistência à abrasão e a solventes não é tão boa quanto a do vidro. Lentes de acrílico riscam facilmente e são facilmente danificadas se entrarem em contato com solventes como, por exemplo, acetona!


. Baixas Temperaturas de Processamento

Conformação de peças requer aquecimento entre Tamb e 250oC. Alguns plásticos especiais requerem até 400oC.
Disso decorre baixo consumo de energia para conformação.
E também faz com que os equipamentos mais simples e não tão caros quanto para metais ou cerâmica.



. Ajuste Fino de Propriedades através de Aditivação

Cargas inorgânicas minerais inertes (ex. CaCO3) permitem reduzir custo da peça sem afetar propriedades. Exemplo: piso de vinil/cadeiras de jardim (PP), que contém até 60% de cargas.
Uso de fibras (vidro, carbono, boro) ou algumas cargas minerais (talco, mica, caolim, wolastonita) aumentam a resistência mecânica; As cargas fibrosas podem assumir forma de fibras curtas ou longas, redes, tecidos.
Negro de fumo em pneus (borracha) e filmes para agricultura (PE) aumentam resistência mecânica e a resistência ao ataque por ozônio e raios UV.
Aditivos conhecidos como plastificantes podem alterar completamente as características de plásticos como o PVC e borrachas, tornando-os mais flexíveis e tenazes.
A fabricação de espumas é feita através da adição de agentes expansores, que se transformam em gás no momento da transformação do polímero, quando ele se encontra no estado fundido.


. Baixa Condutividade Elétrica

Polímeros são altamente indicados para aplicações onde se requeira isolamento elétrico. Explicação: polímeros não contém elétrons livres, responsáveis pela condução de eletricidade nos metais.
A adição de cargas especiais condutoras (limalha de ferro, negro de fumo) pode tornar polímeros fracamente condutores, evitando acúmulo de eletricidade estática, que é perigoso em certas aplicações.
Há polímeros especiais, ainda a nível de curiosidades de laboratório, que são bons condutores. O Prêmio Nobel de Química do ano 2000 foi concedido a cientistas que sintetizaram polímeros com alta condutividade elétrica.


. Baixa Condutividade Térmica

A condutividade térmica dos polímeros é cerca de mil vezes menor que a dos metais. Logo, são altamente recomendados em aplicações que requeiram isolamento térmico, particularmente na forma de espumas.
Mesmo explicação do caso anterior: ausência de elétrons livres dificulta a condução de calor nos polímeros.


. Maior Resistência a Corrosão

As ligações químicas presentes nos plásticos (covalentes/Van der Walls) lhes conferem maior resistência à corrosão por oxigênio ou produtos químicos do que no caso dos metais (ligação metálica).
Isso, contudo, não quer dizer que os plásticos sejam completamente invulneráveis ao problema. Ex: um CD não pode ser limpo com terebentina, que danificaria a sua superfície.
De maneira geral, os polímeros são atacados por solventes orgânicos que apresentam estrutura similar a eles. Ou seja: similares diluem similares.


. Porosidade

espaço entre as macromoléculas do polímero é relativamente grande. Isso confere baixa densidade ao polímero, o que é uma vantagem em certos aspectos.
Esse largo espaçamento entre moléculas faz com que a difusão de gases através dos plásticos seja alta. Em outras palavras: esses materiais apresentam alta permeabilidade a gases, que varia conforme o tipo de plástico.
A principal conseqüência deste fato é a limitação dos plásticos como material de embalagem, que fica patente no prazo de validade mais curto de bebidas acondicionadas em garrafas de PET. Por exemplo, o caso da cerveja é o mais crítico.
Essa permeabilidade, contudo, pode ser muito interessante, como no caso de membranas poliméricas para remoção de sal da água do mar.


. Reciclabilidade

Alguns polímeros, como termorrígidos e borrachas, não podem ser reciclados de forma direta: não há como refundí-los ou depolimerizá-los.
A reciclagem de polímeros termoplásticos, apesar de tecnicamente possível, muitas vezes não é economicamente viável devido ao seu baixo preço e baixa densidade. Compare com o caso do alumínio... Somente plásticos consumidos em massa (PE, PET, ...) apresentam bom potencial econômico para reciclagem.
Problema adicional: o plástico reciclado é encarado como material de segunda classe, ao contrário do que ocorre com aço ou mesmo o alumínio.
Nos casos em que a reciclagem do polímero não for possível, sempre é possível queimá-lo, transformando-o em energia, em incineradores ou alto-fornos. Esta última saída é mais favorável, pois o carbono do polímero seria usado na redução do minério.
Contudo, plásticos que contém halogêneos (PVC e PTFE, por exemplo) geram gases tóxicos durante a queima. Solução: identificação desse material, que deve ser encaminhado para dehalogenação antes da queima.





CRONOLOGIA DA TECNOLOGIA DOS POLÍMEROS



. 1ª Fase: Polímeros, Materiais Naturais

Por que os polímeros demoraram tanto a surgir, viabilizando-se comercialmente apenas nos últimos 50 anos?
Polímeros são compostos orgânicos, ou seja, baseados em átomos de carbono. Suas reações químicas, portanto, são regidas pela Química Orgânica.
São reações de difícil execução em laboratório, tanto que, até a primeira metade do século XIX, acreditava-se na chamada Teoria da Força Vital, enunciada por Berzelius, célebre alquimista da época: “Reações orgânicas só são possíveis no interior de seres vivos, através da ação de uma força vital”.
Por isso, até o século passado, somente era possível utilizar polímeros produzidos naturalmente, pois não havia tecnologia disponível para promover reações entre os compostos de carbono.
Principais materiais estudados: borracha, goma-laca, gutta-percha, extraídos de vegetais.
Por volta de 1860, já havia a moldagem industrial de plásticos naturais reforçados com fibras, como a goma-laca e a gutta-percha. Eles eram usados, por exemplo, em daguerreótipos (máquinas fotográficas antigas).


. 2ª Fase: Polímeros Naturais e Modificados


  • 1828: WOHLER (Alemanha), discípulo de Berzelius, sintetiza uréia a partir do isocianato de uréia inorgânico em laboratório, derrubando a teoria da Força Vital, proposta por seu mestre...
    AgOCN (aq) + NH4Cl (aq) -----> AgCl (s) + NH4OCN (aq)
    Com a derrubada da teoria da força da Força Vital, as pesquisas sobre química orgânica se multiplicam, criando a base fundamental para o desenvolvimento dos materiais poliméricos.
    Ainda não havia tecnologia disponível para se sintetizar industrialmente esses materiais, mas já era possível alterar polímeros naturais de modo a torná-los mais adequados a certas aplicações.
  • 1839: GOODYEAR (E.U.A.) descobre a vulcanização (desenvolvimento de ligações cruzadas) da borracha natural, viabilizando o uso desse material.
  • 1835-1900: Grande progresso no desenvolvimento de derivados de celulose, tais como o nitrato de celulose (nitrocelulose), celulóide (nitrocelulose plastificada com cânfora), fibras de viscose rayon...
  • 1910: Começa a funcionar a primeira fábrica de rayon nos E.U.A.
  • 1924: Surgem as fibras de acetato de celulose.


. 3ª Fase: Polímeros Sintéticos


  • 1838: REGNAULT (França) polimeriza o cloreto de vinila (P.V.C.) com auxílio da luz do sol.
  • 1898: EINHORN & BISCHOFF descobrem, sem querer, o policarbonato. Esse material só voltou a ser desenvolvido em 1950.
  • 1907: BAEKELAND (E.U.A.) sintetiza resinas de fenol-formaldeído (baquelite). É o primeiro plástico totalmente sintético que surge em escala comercial.
O avanço da tecnologia e da Química Orgânica já permite a síntese de polímeros nessa época.
Contudo, ainda haviam grandes dúvidas sobre a real natureza desses materiais. A idéia de macromoléculas ainda parecia estranha e muito pouco aceitável. Muitos acreditavam que os polímeros eram colóides, ou seja, associações físicas de moléculas pequenas.
Essa dúvida atravancou por muito tempo o avanço do estudo sobre esses materiais, sendo resolvida plenamente apenas na década de 1920, quando STAULDINGER (Alemanha) sedimentou os conceitos sobre as macromoléculas.
O período entre 1920 e 1950 foi decisivo para o surgimento dos polímeros modernos. Uma série de fatores alavancou esse desenvolvimento:

  1. A consagração da hipótese de macromolécula para os polímeros, proposto por STAULDINGER, permitiu um redirecionamento mais preciso dos desenvolvimentos nesta área.
  2. borracha tornou-se matéria prima estratégica devido à sua fundamental importância para a indústria automobilística e para a guerra moderna. Durante adécada de 1930 tanto os E.U.A. como a Alemanha desenvolveram programas ambiciosos para produzir a borracha sintética, visando diminuir ou mesmo eliminar a dependência da borracha natural, produzida em locais remotos do globo.
    A ênfase do programa alemão era a produção de borracha comum para pneus, enquanto que o programa americano visava desenvolver borrachas especiais para aplicações mais severas.
    Ambos os programas, contudo, proporcionaram um enorme progresso à Ciência dos Polímeros, em função do grande número de projetos de pesquisa básica e aplicada que tiveram de ser desenvolvidos para se atingir aos objetivos propostos.
  3. Segunda Guerra Mundial, ao impor restrições às fontes de borracha natural e outras matérias primas, motivou o desenvolvimento de processos industriais para a síntese de plásticos com propriedades equivalentes ou similares à borracha, principalmente o PVC plastificado.
Polímeros desenvolvidos entre 1920 e 1950: PVC, PMMA, PS, nylon, PE, silicone, poliuretano, ABS, poliéster; borrachas Thiokol, neoprene, estireno-butadieno (Buna-S ou SBR), acrilonitrila-butadieno (Buna N); resinas de uréia-formaldeído, melamina-formaldeído; fibras sintéticas de poliéster eacrílico; e muito mais!
A década de 1950 se notabilizou principalmente pela popularização de toda a tecnologia de polímeros desenvolvida durante a guerra. Porém, os desenvolvimentos continuaram: polipropileno, espumas de poliuretano, PE linear, poliacetais, policarbonatos...
Durante a década de 1960 surgem os plásticos de engenharia, materiais de alto desempenho (e custo equivalente...) que começam a desafiar materiais tradicionais, como o aço, em diversos tipos de aplicações: poliimidas, poli(óxido de fenileno), polisulfonas, ABS, poliamidas, polisulfonas, policarbonatos (PC), poli(tereftalato de butila) (PBT), poli(tereftalato de etileno) (PET), etc. Surgem ainda os elastômeros termoplásticos, plásticos com comportamento de borrachas, desenvolvidos a partir da engenharia de macromoléculas. Começam a aparecer os tanques de combustível feitos em PEAD, lentes de contato flexíveis, garrafas de PET, sacos de supermercado em PEAD...
Na década de 1980 observa-se um certo amadurecimento da Tecnologia dos Polímeros: o ritmo dos desenvolvimentos diminui, enquanto se procura aumentar a escala comercial dos avanços conseguidos. Ainda assim, pode-se ressaltar as seguintes inovações: polímeros de cristal líquido, polímeros condutores de eletricidade, polisilanos, novos polímeros de engenharia como poli(eter-imida), poli(éter-éter-cetona)...
Finalmente, na década de 1990: catalisadores de metaloceno, reciclagem em grande escala de garrafas de PE e PET, biopolímeros, uso em larga escala dos elastômeros termoplásticos e plásticos de engenharia. A preocupação com a reciclagem torna-se quase uma obsessão, pois dela depende a viabilização comercial dos polímeros.





ALGUNS POLÍMEROS DE IMPORTÂNCIA INDUSTRIAL


Certos plásticos se destacam por seu baixo preço e grande facilidade de processamento, o que incentiva seu uso em larga escala. São os chamados plásticos ouresinas commodities, materiais baratos e usados em aplicações de baixo custo. São o equivalente aos aços de baixo carbono na siderurgia.
Os principais plásticos commodities são: polietileno (PE), polipropileno (PP), poliestireno (PS) e o policloreto de vinila (PVC). A distribuição da produção desses plásticos no Brasil, em 1998, pode ser vista no gráfico abaixo:



. Polietileno (PE)

  • Mero: etileno (designação antiga do eteno):
  • G.P. = 50.000 a 300.000
  • Principais propriedades:
    • Baixo custo;
    • Elevada resistência química e a solventes;
    • Baixo coeficiente de atrito;
    • Macio e flexível;
    • Fácil processamento;
    • Excelentes propriedades isolantes;
    • Baixa permeabilidade à água;
    • Atóxico;
    • Inodoro.
  • Há quatro tipos básicos:
    • Polietileno de Baixa Densidade (PEBD)0,910-0,925 g/cm3. Apresenta moléculas com alto grau de ramificação. É a versão mais leve e flexível do PE. É utilizado basicamente em filmes, laminados, recipientes, embalagens, brinquedos, isolamento de fios elétricos, etc. Produção brasileira em 1998: 652.647 t.
    • Polietileno de Baixa Densidade Linear (PEBDL)0,918-0,940 g/cm3. Apresenta menor incidência de ramificações, as quais se apresentam de forma mais regular e são mais curtas que no PEBD. Suas propriedades mecânicas são ligeiramente superiores ao PEBD em termos de resistência mecânica. Seu custo de fabricação é menor. Sua flexibilidade e resistência ao impacto recomenda sua aplicação para embalagens de alimentos, bolsas de gelo, utensílios domésticos, canos e tubos. Produção brasileira em 1998: 175.053 t.
    • Polietileno de Alta Densidade (PEAD)0,935 - 0,960 g/cm3. Apresenta estrutura praticamente isenta de ramificações. É um plástico rígido, resistente à tração, com moderada resistência ao impacto. Utilizado em bombonas, recipientes, garrafas, filmes, brinquedos, materiais hospitalares, tubos para distribuição de água e gás, tanques de combustível automotivos, etc. Produção brasileira em 1998: 692.864 t.
    • Polietileno de Ultra Alto Peso Molecular (PEUAPM)G.P. da ordem de 3.000.000 a 6.000.000. Alta inércia química, alta resistência à abrasão e ao impacto, baixo coeficiente de atrito, alta maciez. Praticamente infusível, processado com grande dificuldade, geralmente através de sinterização. Aplicações: engrenagens, componentes para bombas de líquidos corrosivos, implantes de ossos artificiais, isolamento de fios e cabos, mancais, revestimentos de pistas, trilhos-guias, etc. O Brasil ainda não produz este tipo de plástico.


. Polipropileno (PP)


  • Mero: propileno (designação antiga do propeno):
  • Propriedades muito semelhantes às do PE, mas com ponto de amolecimento mais elevado.
  • Principais propriedades:
    • Baixo custo;
    • Elevada resistência química e a solventes;
    • Fácil moldagem;
    • Fácil coloração;
    • Alta resistência à fratura por flexão ou fadiga;
    • Boa resistência ao impacto acima de 15oC;
    • Boa estabilidade térmica;
    • Maior sensibilidade à luz UV e agentes de oxidação, sofrendo degradação com maior facilidade.
  • Aplicações:
    • Brinquedos;
    • Recipientes para alimentos, remédios, produtos químicos;
    • Carcaças para eletrodomésticos;
    • Fibras;
    • Sacarias (ráfia);
    • Filmes orientados;
    • Tubos para cargas de canetas esferográficas;
    • Carpetes;
    • Seringas de injeção;
    • Material hospitalar esterilizável;
    • Autopeças (pára-choques, pedais, carcaças de baterias, lanternas, ventoinhas, ventiladores, peças diversas no habitáculo).
    • Peças para máquinas de lavar.
  • Atualmente há uma tendência no sentido de se utilizar exclusivamente o PP no interior dos automóveis. Isso facilitaria a reciclagem do material por ocasião do sucateamento do veículo, pois se saberia com qual material se estaria lidando.
  • Produção brasileira de PP em 1998: 702.795 t.


. Poliestireno (PS)


  • Mero: estireno:
  • Termoplástico duro e quebradiço, com transparência cristalina.
  • Principais propriedades:
    • Fácil processamento;
    • Fácil coloração;
    • Baixo custo;
    • Elevada resistência a ácidos e álcalis;
    • Semelhante ao vidro;
    • Baixa densidade e absorção de umidade;
    • Baixa resistência a solventes orgânicos, calor e intempéries.
  • Produção brasileira em 1998: 129.879 t (excluindo isopor).
  • Há quatro tipos básicos:
    • PS cristalhomopolímero amorfo, duro, com brilho e elevado índice de refração. Pode receber aditivos lubrificantes para facilitar processamento. Usado em artigos de baixo custo.
    • PS resistente ao calormaior P.M., o que torna seu processamento mais difícil. Variante ideal para confecção de peças de máquinas ou automóveis, gabinetes de rádios e TV, grades de ar condicionado, peças internas e externas de eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos, circuladores de ar, ventiladores e exaustores.
    • PS de alto impactocontém de 5 a 10% de elastômero (borracha), que é incorporado através de mistura mecânica ou diretamente no processo de polimerização, através de enxerto na cadeia polimérica. Obtém-se desse modo uma blenda. Muito usado na fabricação de utensílios domésticos (gavetas de geladeira) e brinquedos.
    • PS expandidoespuma semi-rígida com marca comercial isopor(R). O plástico é polimerizado na presença do agente expansor ou então o mesmo pode ser absorvido posteriormente. Durante o processamento do material aquecido, ele se volatiliza, gerando as células no material. Baixa densidade e bom isolamento térmico. Aplicações: protetor de equipamentos, isolantes térmicos, pranchas para flutuação, geladeiras isotérmicas, etc. Produção brasileira em 1998: 10.000 t.


. Poli(cloreto de vinila) (PVC)


  • Mero: cloreto de vinila:
  • Principais propriedades:
    • Baixo custo;
    • Elevada resistência a chama, pela presença do cloro;
    • Processamento demanda um pouco de cuidado.
  • Restrições:
    • O monômero é um potente cancerígeno; deve haver controle do teor residual que permanece no polímero, particularmente em aplicações em que o polímero vai entrar em contato com alimentos.
    • Plastificantes (aditivo usado para tornar o polímero mais flexível) a base de ftalatos também são considerados cancerígenos. O Greenpeace vem promovendo ampla campanha para banir o uso do PVC que contenha esse aditivo, particularmente em brinquedos e produtos que ve-nham a entrar em contato com alimentos.
  • Produção brasileira em 1998: 649.840 t.
  • Há quatro tipos básicos:
    • PVC rígido, isento de plastificantes. Duro e tenaz, com excelentes propriedades térmicas e elétricas. Resistente à corrosão, oxidação e intempéries. Usado na fabricação de tubos, carcaças de utensílios domésticos e baterias.
    • PVC flexível ou plastificado, que contém de 20 a 100 partes de plastificante por 100 de polímero. Usado no revestimento de fios e cabos elétricos, composições de tintas (látex vinílico), cortinas de banheiros, encerados de caminhão (sanduíche filme de PVC + malha de poliéster + filme de PVC), etc.
    • PVC transparente, isento de cargas.
    • PVC celular ou expandido.


Há também os chamados plásticos de engenharia, que são resinas que apresentam propriedades superiores às chamadas resinas commoditiesSeu preço, porém, é bem mais elevado. Seriam os equivalentes aos aços-liga da siderurgia.

A seguir estão listados os mais comuns.


. Poli(tereftalato de etileno)


  • Plástico da família do poliéster.
  • Mero: ácido tereftálico ou tereftalato de dimetila e glicol etilênico.
  • Principais propriedades:
    • Boa resistência mecânica térmica e química;
    • Boas propriedades de barreira: absorção de oxigênio é de 10 a 20 vezes menor que nos plásticos “commodities”;
    • Fácil reciclabilidade.
  • Produção brasileira em 1998: 143.000 t.
  • Trata-se de um polímero de engenharia que, graças ao contínuo aperfeiçoamento de seu processo de fabricação e à enorme aceitação na fabricação de garrafas de refrigerante, acabou mudando de status: passou de plástico de engenharia para commodity.
  • Aplicações:
    • Como garrafas para bebidas carbonatadas, óleos vegetais, produtos de limpeza, etc.;
    • Na forma de fibras, sob marcas Tergal ® (ICI) ou Dracon ® (Du Pont), apresentam excelente resistência mecânica e ao amassamento, bem como lavagem e secagem rápida;
    • Na forma de películas transparentes e altamente resistentes, sob marca Mylar ®, mas algo caras. São usadas em aplicações nobres: isolamento de capacitores, películas cinematográficas, fitas magnéticas, filmes e placas para radiografia;
    • Resina para moldagem com reforço de 30% de fibra de vidro, sob marca Rynite ® (Du Pont), usada na fabricação de carcaças de bombas, carburadores, componentes elétricos de carros, etc.


. Policarbonato

  • Plástico da família dos poliésteres aromáticos.
  • Monômeros: fosgênio e bisfenol A. Há suspeitas de que o bis-fenol A mimetizaria efeitos de hormônios humanos, o que po-deria causar distúrbios endócrinos. Contudo, elas não foram confirmadas até o momento.
  • Principais propriedades:
    • Excelente resistência ao impacto;
    • Excelente transparência: 96%;
    • Boa estabilidade dimensional e térmica;
    • Resistente aos raios ultravioleta;
    • Boa usinabilidade;
    • Alta temperatura de deflexão;
    • Boas características de isolamento elétrico.
  • Produção brasileira em 1995: 10.000 t.
  • Este importante plástico de engenharia foi acidentalmente descoberto em 1898 na Alemanha, mas só em 1950 é que seu desenvolvimento foi retomado, passando a ser comercializado a partir de 1958.
  • Aplicações:
    • Compact-Discs (CD’s);
    • Janelas de segurança (por exemplo, em trens de subúrbio);
    • Óculos de segurança;
    • Carcaças para ferramentas elétricas, computadores, copiadoras, impressoras...
    • Bandejas, jarros de água, tigelas, frascos...
    • Escudos de polícia anti-choque;
    • Aquários;
    • Garrafas retornáveis.


Que tal vermos a cotação desses materiais? Em dezembro de 1998, o preço por quilo em reais era

  • PEBD: 1,19
  • PEAD: 1,15
  • PP: 1,17
  • PS: 1,18
  • PET: 1,20
  • HIPS: 1,18
  • PS Exp.: 1,78
  • PVC rígido: 1,38
  • PVC flexível: 1,38
  • PC: 6,85
Contudo, a crise cambial ocorrida no início de 1999 provocou acréscimo de preços de até 50% no preço das resinas, de acordo com manifesto da Abiplast em fevereiro daquele ano.
A figura abaixo mostra, de forma aproximada, como se distribuem as aplicações dos plásticos. Note-se que aqui não estão incluídos alguns polímeros importantes, como as borrachas.

Fonte : http://www.gorni.eng.br

Paraísos intocados do Alasca estão banhados por toneladas de lixo

Várias praias do sudoeste do Alasca recebem toneladas de lixo do Giro do Pacifico Norte, poluindo paraísos intactos e prejudicando sua rica fauna

Para muitas pessoas o termo Pacific Garbage Patch (Trecho de Lixo do Pacífico, em tradução livre) é totalmente desconhecido. Apesar da pouca fama, o problema tem o tamanho da área total do estado do Texas, EUA (695 mil km²). E o pior: só tem aumentado.
O Pacific Garbage Patch é uma grande ilha de lixo formada no Giro do Pacifico Nortepor meio de grandes correntes marítimas rotativas, que estão diretamente relacionadas com o movimento dos ventos. Todo o lixo descartado nos oceanos, em especial plásticos, acaba sendo levado para um lugar comum, formando essa ilha de detritos. O problema maior é que o plástico encontrado nessas ilhas passa por um processo de quebra mecânica realizada pela chuva, pelos ventos e pelas ondas do mar, que faz com que os produtos se fragmentem em pequenas partículas plásticas.
Os microplásticos são danosos para o meio ambiente num grau tão alto, que toda a fauna marinha, entre eles baleias e golfinhos, se alimenta dessas partículas, prejudicando muito sua saúde. Além disso, esses resíduos têm grande capacidade deabsorção de poluentes e substâncias químicas toxicas presentes nos oceanos, envenenando as espécies que se alimentam deles, comprometendo toda a cadeia alimentar - o que, no final das contas, influencia nossa alimentação.
Nesse sentido, há expedições compostas por cientistas, pesquisadores e artistas que têm a finalidade de explorar as regiões afetadas por essas ilhas de lixo, além de as estudar e divulgar a situação para toda sociedade. A GYRE é uma dessas companhias de expedição e sua última empreitada foi realizada a partir de Seward, no sul do Alasca, dirigindo-se ao sudoeste por quase 500 quilômetros, com paradas às margens de Gore Point, na península de Kenai; Wonder Bay, em Afognak Island; Blue Fox Bay, em Shuyak Island; e Hallo Bay, em Katmai National Park. Todas essas regiões são verdadeiros paraísos intocados.
Segundo o biólogo marinho Carl Safina, presente na última dessas expedições, a situação dessas regiões não é das melhores. Foram encontradas toneladas de lixo nos paraísos remotos. Entre os objetos estão desde redes de pesca a garrafas plásticas. Surpreendente ainda foi que linhas completas de produtos, que provavelmente caíram de contêineres de cargueiros durante tempestades no mar, foram encontrados nas praias. Havia, em todas as praias pesquisadas, mata-moscas de um determinado time de futebol americano, alimentadores de beija-flor, garrafas de sabão tipografadas com caracteres orientais e ocidentais.
Em seu depoimento para a Yale Environment 360, o biólogo alerta que, apesar de algumas regiões parecerem desertas por não serem populares aos banhistas, elas são habitadas por vasta fauna, e todo o lixo ali presente está a prejudicando. "Vi albatrozes mortos e suas vísceras cheias de escovas de dente e isqueiros", disse o biólogo à publicação.
Por fim, em seu depoimento, Carl Safina propõe uma reflexão sobre quão importante é a coleta do lixo e limpeza das praias. No entanto, políticas de reciclagem e necessidade de desenvolvimento de uma nova geração de materiais, com vida útil relacionada ao seu uso, são fundamentais para ajudar a minimizar o problema.

Frases Sobre a natureza

                   ''Nunca seja brutal com a natureza , pelo contrário cuide da natureza''.
                                           De : donos do blog (Projeto Terra Nova)  
                    
                   ''Quando mais pessoas você juntar para combater a poluição mais chances temos de
abaixar a poluição Brasileira''
                                           De : donos do blog (Projeto Terra Nova)  

                    ''Nuca esqueça que a natureza é um lugar muito importante para a vida humana''.
                                           De : donos do blog (Projeto Terra Nova)  

                   ''Lembre-se a natureza é um lugar abençoado pela mãe natureza''.
                                          De : donos do blog (Projeto Terra Nova)  



Se você tem uma ideia para o meio ambiente , comente  
           

sábado, 27 de julho de 2013

Molécula de Polietileno de Alta Densidade


Molécula de Polietileno Tereftalato



Molécula de poliestireno


Frases sobre a Natureza

                                     ''Tenha orgulho da natureza, pois se não fosse ela não iamos respirar.''
                                                      De : donos do blog (Projeto Terra Nova)  

                                         ''Preserve a natureza, cuide dos animais e não derrube árvores.''
                                                  De : donos do blog (Projeto Terra Nova)  


                                      ''Não devemos estragar as belas imagens naturais, devemos sim é cuidar da natureza.'' 
                                                     De : donos do blog (Projeto Terra Nova)  


                                                    

   
                                  Se você tem uma ideia para o meio ambiente então comente  
                         

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Plásticos

Plásticos
A origem da palavra plástico vem do grego plastikós, que significa adequado à moldagem.
Plásticos são materiais formados pela união de grandes cadeias moleculares chamadas polímeros que, por sua vez, são formadas por moléculas menores denominadas monômeros.
Os plásticos são produzidos através de um processo químico conhecido como polimerização, a união química de monômeros que forma polímeros.
Os polímeros podem ser naturais ou sintéticos.
São polímeros naturais, entre outros, algodão, madeira, cabelos, chifre de boi, látex. Estes polímeros são comuns em plantas e animais.
São polímeros sintéticos os plásticos, obtidos através de reações químicas.
O tamanho e estrutura da molécula do polímero determinam as propriedades do material plástico.
Os polímeros dividem-se em:
Termoplásticos
São plásticos que não sofrem alterações na sua estrutura química durante o aquecimento e que podem ser novamente fundidos após o resfriamento.
Exemplos: prolipropileno (PP), polietileno de alta densidade (PEAD), polietileno de baixa densidade (PEBD), polietileno tereftalato (PET), poliestireno (PS), policloreto de vinila (PVC) etc.
Termofixos
São aqueles que não fundem com o reaquecimento.
A origem da palavra plástico vem do grego plastikós, que significa adequado à moldagem.
Plásticos são materiais formados pela união de grandes cadeias moleculares chamadas polímeros que, por sua vez, são formadas por moléculas menores denominadas monômeros.
Os plásticos são produzidos através de um processo químico conhecido como polimerização, a união química de monômeros que forma polímeros.
Os polímeros podem ser naturais ou sintéticos.
São polímeros naturais, entre outros, algodão, madeira, cabelos, chifre de boi, látex. Estes polímeros são comuns em plantas e animais.
São polímeros sintéticos os plásticos, obtidos através de reações químicas.
O tamanho e estrutura da molécula do polímero determinam as propriedades do material plástico. Os polímeros dividem-se em:
Termoplásticos
São plásticos que não sofrem alterações na sua estrutura química durante o aquecimento e que podem ser novamente fundidos após o resfriamento.
Exemplos: prolipropileno (PP), polietileno de alta densidade (PEAD), polietileno de baixa densidade (PEBD), polietileno tereftalato (PET), poliestireno (PS), policloreto de vinila (PVC) etc.
Termofixos
São aqueles que não fundem com o reaquecimento. Exemplos: resinas fenólicas, epóxi, poliuretanos etc.

Cotidiano

Não se pode negar a importância dos plásticos em nosso cotidiano.
O plástico é responsável por grandes avanços, e traz uma serie de benefícios indiscutíveis na sociedade moderna.
Uma industria que gera milhões de empregos e divisas para o nosso país, e que esta presente em quase todos os setores da economia.
Mas não se pode negar os problemas ambientais que as embalagens plásticas tem trazido ao mundo moderno, e nem negar a discussão ambiental em torno do tema.
A maioria dos plásticos é reciclável e a sua reciclagem representa alem de uma atividade ecologicamente correta um incremento na economia.
Aqui você encontrara muitas informações sobre este mercado, que tem crescido em muitos setores.
O mercado de reciclagem vem crescendo em alguns setores mais até do que o próprio consumo de resinas plásticas.

Importância para a Vida

Os plásticos têm centenas de aplicações. Impermeáveis, maleáveis, duráveis e com uma excelente relação custo/benefício, contribuem para o desenvolvimento social, econômico e científico. E protegem o meio ambiente.
Proteções de plástico auxiliam na produção, estocagem e distribuição de milhares de toneladas de alimentos. Evitam desperdícios e perdas por transporte ou por alterações do clima.
Embalagens de plástico garantem que hortifrútis, carnes, laticínios e bebidas cheguem à mesa em perfeitas condições para seu consumo.
Bolsas de sangue e de soro, catéteres, máquinas de circulação extracorpórea e embalagens para resíduos hospitalares são alguns exemplos de materiais plásticos que ajudam na cura e na prevenção de doenças. São os plásticos salvando vidas.
Impedir a contaminação dos solos, evitar erosões, canalizar esgotos, preservar a água e gerar energia são importantes contribuições dos plásticos à preservação do meio ambiente.
Com plástico reciclado fabrica-se uma infinidade de produtos como vestuário, componentes automotivos, conduítes, carpetes, bolsas, artigos de comunicação visual, solados, páletes e móveis, entre vários outros.
A cadeia produtiva dos plásticos contribui decisivamente para o Desenvolvimento Sustentável, ajudando na conservação dos recursos naturais, melhorando a qualidade de vida das pessoas e contribuindo para o crescimento econômico.
Custos competitivos, facilidade de instalação e baixa manutenção tornam os plásticos perfeitamente adequados para o atendimento das necessidades básicas: habitação, saneamento, suprimento de água e saúde.

Matéria Prima

Plásticos
A matéria-prima dos plásticos é o petróleo, formado por uma complexa mistura de compostos. Pelo fato de estes compostos possuírem diferentes temperaturas de ebulição, é possível separá-los através de um processo conhecido como destilação ou craqueamento.
A fração nafta resultante do craqueamento é fornecida para as centrais petroquímicas, onde passa por uma série de processos, dando origem aos principais monômeros como, por exemplo, o eteno.
É importante observar que apenas uma pequena parcela da produção mundial de petróleo é usada para a obtenção dos plásticos, em processos totalmente controlados que não afetam o meio ambiente e muito menos contribuem para o aquecimento global.
Como é utilizado o petróleo - Mais de um terço de todo o petróleo extraído é usado em aquecimento de ambientes (particularmente no hemisfério norte), e quase outro tanto é usado na produção de combustíveis. Um quinto do total vai para a geração de energia elétrica. E somente 4% bastam para a produção dos plásticos.
Plásticos

Plásticos no Brasil

Pesquisados desde 1930, os chamados plásticos biodegradáveis têm por característica serem destruídos por microrganismos do próprio meio, transformando-se em gás carbônico e água. No Brasil, um desses plásticos, o PHB, foi desenvolvido a partir da sacarose da cana de açúcar. Sua produção, ainda pequena, é voltada para o mercado externo de embalagens, vasos e materiais descartáveis.
Sua utilização, entretanto, na maioria das aplicações ainda não se tem mostrado viável do ponto de vista econômico. E por ser biodegradável, não consegue substituir os plásticos derivados de petróleo - mais duráveis e seguros -, em embalagens de remédios, alimentos, bebidas carbonatadas, cosméticos, defensivos agrícolas, e em uma grande série de outros produtos.
Mais recentemente, começaram a ser fabricadas no Brasil sacolas de plástico convencional que recebem um aditivo para acelerar o tempo de degradação em condições ambientais favoráveis.
Pela mesma razão acima, também esse tipo de plástico não consegue substituir os plásticos convencionais na maioria de suas aplicações. E os efeitos de sua degradação no meio ambiente ainda estão sendo pesquisados.
Fonte: www.plastivida.org.br
Plásticos
Como o plástico invadiu o mundo, nos setores da informação há alguns termos cuja significação nem sempre é bastante conhecida. Comecemos pela definição do que é plástico.
Plástico é a denominação de uma numerosa e prolífica família de materiais sintéticos formados por grandes moléculas. São materiais “amolecíveis” por calor ou solventes e, neste estado, facilmente moldáveis. Aliás, o vocábulo “plástico” indica a relativa facilidade de levar-se tais materiais ao estado plástico. Podem receber aditivos, como estabilizadores, que lhes conferem resistência a ácidos, calor e raios solares, e também pigmentos, que lhes dão as cores e tonalidades desejadas.
A expressão “resina sintética” aparece geralmente associada a plásticos.
Faz supor que a resina sintética, elaborada pelos químicos nos laboratórios, é a reprodução servil de uma resina natural. No entanto, as resinas sintéticas que dão origem à maioria dos plásticos, geralmente não são produtos artificiais que copiam com exatidão a estrutura química das resinas encontradas na natureza.
Ao contrário, são resinas que não existem na natureza, mas, sim, foram criadas pelo homem após observações e experiências das mais diversas.
Assim, há plásticos que tem como matéria-prima uma resina sintética proveniente, por sua vez, de outras substâncias que, combinadas, lhe deram origem.
E também há plásticos que não procedem de resinas sintéticas, mas, sim, de substâncias naturais, como é o caso, por exemplo, da celulose (substância proveniente de vegetais) e da caseína (proteína encontrada no leite).

Monômeros e Polímeros

Na produção de resinas sintéticas entram compostos químicos, como o fenol, formaldeído, uréia, melamina, acetato de vinilo, etileno e outros, conhecidos como monômeros, isto é, são constituídos de moléculas simples. Toma-se um destes materiais monoméricos, ou uma seleção de dois ou mais deles, e faz-se com que as suas moléculas se combinem para formar moléculas maiores (macromoléculas), constituídas, portanto, de grande número de pequenas moléculas combinadas. Essa combinação de moléculas de monômeros é chamada de polimerização e as substâncias decorrentes de tal combinação são chamadas de polímeros. Portanto, polimerização – palavra muito encontrada nas publicações de nossos dias – é uma operação química em que as moléculas iguais ou os conjuntos de moléculas se ligam, formando cadeias compridas ou redes sem que sua estrutura molecular se altere. O produto destas ligações é uma nova substância com propriedades específicas, que podem ser fixadas de antemão.
Exemplifiquemos com o etileno. O etileno é um gás que se desprende da nafta, durante o processo de fracionamento, na indústria petroquímica. As moléculas do etileno se contentam com apenas seis átomos – dois de carbono e quatro de hidrogênio – o que lhes atribui um peso atômico de apenas 28. Com a polimerização, porém, as moléculas em miniatura do etileno se agigantam e se tornam macromoléculas, e o etileno, por sua vez, transforma-se em polietileno, material sólido, com um peso molecular de 60.000.
Os polímeros são a base de grande número de matérias plásticas. De uma forma geral, quanto maiores as moléculas dos polímeros, melhores as propriedades físicas dos plásticos que produzem.
Citamos alguns monômeros e, dentro de parênteses, os polímeros que eles formam: fenol, formaldeído (resina de fenol formaldeído), uréia, formaldeído (resina de uréia formaldeído), acetato de vinilo (acetato de polivinilo), etileno (polietileno). Dessa forma, o polietileno é um polímero do etileno (gás extraído do petróleo). O poliestireno é um polímero extraído do estireno (por sua vez, um líquido incolor que pode vir da reação do benzeno com o etileno, na presença de um catalisador, o cloreto de alumínio). O polipropileno é um termoplástico obtido pela polimerização do gás propileno, este extraído do petróleo. Isto, quanto a matérias-primas plásticas.

As Categorias

Quanto aos plásticos, classificam-se em duas categorias: os termoplásticos, que, sob pressão e calor, passam por uma transformação física, não sofrem mutação em sua estrutura química, e se tornam reversíveis, isto é, podem ser reaproveitados em novas moldagens; e termoestáveis ou termofixos, quando sofrem uma transformação química sob efeito de calor e pressão, tornam-se irreversíveis, não podendo ser reaproveitados. Pertencem à primeira categoria os derivados de celulose, PVC rígido e não rígido, polietileno de alta e baixa densidade, polipropileno, poliestireno, policarbonato, “nylon” e outros. E pertencem à categoria dos termoestáveis os plásticos fenólicos, uréicos, o poliéster e a melamina.
Os artigos plásticos são produzidos em máquinas de injeção (armários, assentos sanitários, gaveteiros, garrafeiras), de extrusão (chapas, laminados, tubos), de sopro (frascos, brinquedos), de compressão (também assentos, pratos, xícaras), de calandragem (chapas planas transformadas em onduladas).

 Fonte: www.simplago.org.br
  Fonte : www.portalsaofrancisco.com.br

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