Há dez anos, a quantidade de material consumido era bem inferior
Cada brasileiro consome, em média, aproximadamente 30 quilos de plástico reciclável por ano, segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Em 2010, de acordo com anuário do setor químico da entidade, foram consumidas no país cerca de 5,9 mil toneladas de plástico, o que representa 50% a mais do que há dez anos.
Os dados foram apresentados pela pesquisadora Lucilene Betega de Paiva em um seminário na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Lucilene trabalha no Instituto de Pesquisa Tecnológica do Estado de São Paulo (IPT) e é especialista em plásticos. Em sua participação no seminário, ela falou sobre a importância da reciclagem desse material. Segundo ela, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) pode ajudar a “transformar um passivo ambiental em uma fonte de recursos financeiros”.
A PNRS foi o tema central do seminário na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). O evento faz parte de uma série de debates preparatórios para a 12ª Conferência das Cidades, promovida pela Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados. A Conferência das Cidades ocorre todo ano, no segundo semestre. Em 2011, ela está programada para outubro e deve tratar também da PNRS.
Regras para o lixo
A PNRS foi instituída por lei aprovada, sancionada e regulamentada no ano passado. Ela estabelece regras para a destinação do lixo produzido no país. De acordo com a PNRS, a reciclagem deve ser priorizada. Já o lixo não reciclável deve ser levado a aterros sanitários. Os lixões precisam fechados até 2015.
A PNRS foi instituída por lei aprovada, sancionada e regulamentada no ano passado. Ela estabelece regras para a destinação do lixo produzido no país. De acordo com a PNRS, a reciclagem deve ser priorizada. Já o lixo não reciclável deve ser levado a aterros sanitários. Os lixões precisam fechados até 2015.
Dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), também apresentados no seminário na Alesp, mostram que o Brasil ainda precisa avançar para cumprir o estabelecido pela PNRS. Segundo levantamento feito pela entidade em 350 cidades que concentram quase metade da população urbana brasileira, 42% do lixo do país não receberam uma destinação adequada no ano passado.
Ao todo, foram 23 milhões de toneladas de lixo levadas para lixões ou aterros controlados, que não são ambientalmente apropriados. Para aterro sanitários, em que existem sistemas para evitar contaminação de água e solo, foram levadas 31 milhões de toneladas de lixo.
O deputado federal Manoel Junior (PMDB-PB), presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano, disse que a implantação da PNRS é um desafio para o país. As discussões durante seminários e na Conferência das Cidades, acrescentou, podem ajudar a adequar a destinação do lixo no país.
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