sábado, 29 de março de 2014

Designer brasileiro mobilha sala recuperando peças do lixo

Com criatividade e levando o conceito de reutilização a sério, profissional repaginou sustentavelmente o local

Muita gente já ouviu falar dos três "erres" da sustentabilidade -  reduzir, reutilizar e reciclar. Eles se referem a ações práticas que podemos adotar no nosso dia a dia para viver de maneira mais harmônica com o meio ambiente. O “reutilizar” , entretanto, é praticamente uma ferramente de resistência em nossa sociedade, onde produtos são feitos para durarem pouco e serem substituídos por outros novos em folha.
O designer brasileiro Paulo Goldstein, hoje morando em Londres, foi contra esse sistema e levou o  “reutilizar” a sério.  A Faculdade Central Saint Martins of Arts and Design de Londres incumbiu ao designer a tarefa de mobilhar uma das salas de visitas da faculdade. Inspirado pela ideia de que a escassez pode proporcionar mais oportunidade de criação do que obstáculos, cumpriu a tarefa usando “lixo”. Nascia assim o Scarcity Project.
Scarcity Project tem como base o conserto criativo. “A forma que eu conserto é da maneira mais absurda. Na maioria dos consertos, você tem uma peça com uma certa estética, ela quebra e normalmente alguém a conserta tentando voltar ao estado original. Eu vou na posição contrária. Eu devolvo a funcionalidade, mas há muito tempo e esforço usados para produzir uma peça nova”, diz o designer ao site Fastcoexist.
Para conseguir êxito em sua tarefa, formou um time de designers que percorreu Londres à procura de pedaços de mobília quebrada e outros artefatos que foram descartados por seus moradores. Com o “lixo” em mãos e usando de 300 metros de corda colorida, Goldstein e companhia mobiliaram a sala de visitas de instituição. Com remendos aqui e ali e muita criatividade, o ambiente foi transformado, dando uma nova vida ao que uma vez fora considerado lixo (veja o resultado na figura acima).
Para Paulo, o consertar vai além da estética:  é um ato de resistência ao sistema de consumismo em que hoje estamos inseridos. “É uma maneira de lutarmos contra a ideia de que nós devemos jogar as coisas fora e produzir cada vez mais coisas que não são duráveis”.
Fonte : www.ecycle.com.br

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