Degelo acelerado na Antártida sinaliza para uma elevação preocupante do nível do mar
Foto: (maty)
Um estudo da Nasa que analisou 40 anos de dados de solo, aviões e de satélite sobre o que os pesquisadores chamam de “o ponto fraco da Antártida Ocidental” mostra que o derretimento de gelo está ocorrendo mais rápido do que os cientistas haviam previsto, cruzando um limiar crítico que deu início a um processo semelhante a um dominó.
A enorme camada de gelo da Antártida Ocidental sofre um colapso lento de uma forma irrefreável, revelaram dois novos estudos. Cientistas alarmados afirmaram que isso significa elevação ainda maior do nível do mar do que eles imaginavam. Os resultados preocupantes não serão vistos em breve.
Os cientistas se referem a centenas de anos, mas durante esse tempo o derretimento que já começou poderia, eventualmente, adicionar 1,2 metro a 3,6 metros aos atuais níveis do mar. Esse ritmo é mais rápido do que cientistas previam.
Limitar as emissões de combustíveis fósseis para reduzir a mudança climática provavelmente não irá deter o derretimento, mas pode diminuir a velocidade do problema
“Parece estar acontecendo rapidamente”, alertou o glaciologista da Universidade de Washington Ian Joughin, autor de um dos estudos. “Nós realmente estamos testemunhando os estágios iniciais.”
Ação humana
É provável que isso ocorra por causa do aquecimento global provocado pelo homem e pelo buraco na camada de ozônio, que mudaram os ventos da Antártida e aqueceram a água que corrói as bases do gelo, disseram os pesquisadores em entrevista coletiva na Nasa nesta segunda-feira, 12 de maio.
“O sistema está em uma espécie de reação em cadeia que é irrefreável”, ressaltou o glaciologista da Nasa Eric Rignot, principal autor do outro estudo, que foi publicado na revista Geophysical Research Letters.
“Cada processo nesta reação está alimentando o próximo.” Segundo ele, limitar as emissões de combustíveis fósseis para reduzir a mudança climática provavelmente não irá deter o derretimento, mas pode diminuir a velocidade do problema.
Fonte : Eco D
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