segunda-feira, 26 de maio de 2014

Monóxido de carbono: conheça origem, usos, efeitos e como evitar intoxicação

Esse gás está muito presente no nosso dia a dia e pode ser fatal

Sempre que ouvimos falar de monóxido de carbono (CO), associamos rapidamente o gás a perigo ou poluição. Mas que tal entender um pouco mais a respeito dessa substância utilizada para diversas necessidades?
O CO é um gás incolor, sem cheiro ou sabor, inflamável e perigoso devido à sua grande toxicidade e por ser um asfixiante químico. O CO é liberado no ambiente por fontes naturais ou antrópicas (causas humanas). As fontes naturais podem ser: atividade vulcânica, descargas elétricas e emissão de gás natural. As fontes antrópicas equivalem à aproximadamente 60% do CO presente na troposfera. Tudo isso é produto da combustão incompleta, ou seja, queima em condições de pouco oxigênio de combustíveis fósseis (lenha, carvão vegetal e mineral, gasolina, querosene, óleo diesel, gás), sistemas de aquecimento, usinas termelétricas a carvão, queima de biomassa e tabaco.
O CO também pode se originar pela oxidação fotoquímica de compostos orgânicos voláteis (VOCs) na atmosfera ou na superfície de corpos de água. Na atmosfera, o composto pode sofrer oxidação e formar dióxido de carbono; nas águas superficiais, que ficam saturadas dele, micro-organismos são capazes de utilizar o composto como fonte de energia.
As fontes mais frequentes e que lançam maior concentração de CO na atmosfera (milhões de toneladas) são as queimadas, que ocorrem em florestas do mundo todo, e o gás emitido do escapamento dos veículos.
Utilização
O CO é muito utilizado industrialmente como agente redutor, removendo o oxigênio de alguns compostos, como ocorre na produção do ferro e de outros metais, e na síntese de diversas substâncias orgânicas, como ácido acético, ácido fórmico, plásticos, metanol e outros. Na segunda Guerra Mundial, foi usado nas câmaras de gás em campos de concentração.
Toxicidade
Segundo estudos, a principal via de exposição ao monóxido de carbono é a respiratória e intoxicações agudas podem ser fatais devido a afinidade do CO com a hemoglobina contida nos glóbulos vermelhos do sangue, que transportam oxigênio (O2) para os tecidos de todos os órgãos do corpo. A afinidade da hemoglobina pelo CO chega a ser 240 vezes maior que pelo O2.
Uma vez inalado, o gás é rapidamente absorvido nos pulmões, atravessando as membranas alveolar, capilar e placentária e, em circulação, liga-se de maneira estável com a hemoglobina. A toxicidade no homem se dá quando o CO entra em competição com o O2 pela hemoglobina, reduzindo a liberação de O2 fixada sob a hemoglobina, e assim, impedindo o transporte e diminuindo a quantidade de O2 disponível nos tecidos, levando à morte pro asfixia.
Efeitos
A existência de uma intoxicação crônica de CO resultante de uma exposição prolongada a baixas concentrações pode ocasionar efeitos tóxicos cumulativos, como insônia, cefaleia, fadiga, diminuição da capacidade física, de aprendizado e trabalho, tonturas, vertigens, náuseas, vômitos, distúrbios visuais, alterações auditivas, doenças respiratórias, anorexia, síndrome de Parkinson, isquemia cardíaca, cardiopatias e arterosclerose. Nos idosos, causa um aumento na mortalidade por infarto agudo.
Os sintomas de uma ligeira intoxicação por monóxido de carbono incluem desmaio, sensação de confusão, cefaleia, vertigens e outros similares aos da gripe.
Exposições longas podem conduzir a uma toxicidade grave no sistema nervoso central, no coração e levar até à morte. As sequelas de uma intoxicação aguda são quase sempre permanentes.
Qualidade do ar
Os padrões de qualidade do ar nacionais foram firmados em 1976 pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e aprovados pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). Em  abril de 2013 foi publicado o Decreto nº 51113, que possui parâmetros da qualidade do ar mais rigorosos.
No caso do CO, o padrão estadual chega a 9 ppm para um tempo de amostragem de 8 horas. Quanto ao índice de qualidade do ar adotado pela CETESB - Companhia de de Tecnologia de Saneamento Ambiental, a qualificação do CO no ar, para 8 horas de amostragem é:
• Qualidade boa: 9 ppm,
• Qualidade moderada: 9 a 11 ppm;
• Qualidade ruim: 11 a 13 ppm;
• Qualidade muito ruim: 13 a 15 ppm;
• Qualidade péssima: mais de 15 ppm.
É importante ficarmos de olho nesse índice de qualidade do ar, principalmente no inverno e se temos crianças, pessoas idosas ou com problemas cardíacos em casa, pois um alto índice de CO no ar pode ser mais prejudicial para esses grupos de pessoas.
Como evitar intoxicação
O alto índice de CO no ar pode ser nocivo à nossa saúde e devemos controlar as fontes de CO que temos em nossas casas que também possuem potencial de intoxicação, como aquecedores a gás ou a querosene não ventilados, fornalhas, fornos a lenha, fornos a gás, lareiras e a exaustão dos automóveis. Podemos evitar essas fontes de intoxicação com algumas sugestões:
• Assegurar que todos os equipamentos na sua casa estão instalados adequadamente e funcionando corretamente;• Tenha o cuidado de inspecionar e limpar, todos os anos a fornalha, as chaminés e os canos;• Se você for utilizar lareira, assegure-se de que os canos e a chaminé estão abertos;• Não aqueça a casa com equipamentos a gás;• Assegure-se de que o forno e a fornalha ventilam para o exterior e que não existem fugas nos sistemas de exaustão;• Não queime carvão em qualquer espaço fechado;• Não deixe uma ferramenta que funcione a gás trabalhando ou veículo ligado dentro da garagem, oficina ou qualquer lugar fechado;• Nunca utilize aquecedores a gás de chuveiros em banheiros sem ventilação;• Utilize exaustores ao cozinhar (entenda porque aqui);• Coloque plantas que purificam o ar da sua casa ou local de trabalho (saiba maisaqui);• Melhore a qualidade do ar com pequenos cuidados do dia-a-dia; (veja como);• Não pratique exercícios físicos em grandes cidades no horário de pico (saiba maisaqui).
Fonte : www.ecycle.com.br

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