terça-feira, 16 de setembro de 2014

Vinhos ecológicos: conheça os tipos sustentáveis da “bebida dos deuses”

Por trazerem uma alternativa mais saudável, os vinhos “verdes” podem diminuir tanto a sua dor de cabeça quanto o peso na consciência

Vinho combina com o quê? Boa companhia, ambiente noturno, queijos... Mas tudo isso ficaria ainda mais especial se o vinho em questão não agredisse o meio ambiente no processo de produção e evitasse dores de cabeça.
Hoje, voltaram ao mercado vinhos feitos à moda antiga, sem agrotóxicos, fermentados em tanques de madeira e com o mínimo de maquinário possível.
Dentro dos vinhos fermentados orgânicos, enquadram-se três diferentes tipos: osorgânicos simples, os biodinâmicos e os naturais. Conheça essas categorias maissaudáveis (vinhos ecológicos) e veja quais se adequam melhor ao seu gosto:

Orgânicos simples

Segundo os criadores, o propósito é promover o máximo possível de proteção ao meio ambiente e qualidade de vida para as pessoas. Suas uvas devem ser cultivadas sem nenhum químico nocivo ou organismos geneticamente modificados, mas há concessões. Não necessariamente todos virão sem a adição do conservante benéfico sulfito, já que cada país possui uma própria regulamentação para com os orgânicos. Portanto, trazer no rótulo um vinho orgânico não garante que não terá sulfitos no mesmo. Parece óbvio, mas a forma correta para designar o vinho orgânico é dizer que ele é produzido com uvas cultivadas organicamente, pois é essa a parte ecológica da produção.
Se não usam pesticidas, como fazem para combater as pragas naturais? Simples: a plantação de gramas e flores, ao se misturar com as parreiras, atrai os insetos e ajudam a atacar os pequenos inimigos. O domínio das ervas indesejadas, composto pela própria natureza, é combatido pelos insetos e outros animais que vivem entre as plantações. Galinhas e patos ajudam na diminuição das pragas e cavalos podem ser utilizados para se ter um terreno aerado.

Biodinâmicos

Biodinâmicos são, basicamente, os orgânicos produzidos a partir de uma filosofia diferente, a antroposofia. Para o filósofo, artista e esoterista, Rudolf Steiner, idealizador da antroposofia, os seres humanos não estão na terra isolados do cosmos. Esses, como todos que habitam o planeta, sofrem influências das energias que os rodeia, recebendo e refletindo energias positivas ou negativas. Isso, aplicado nos vinhos, significa fazer uso das práticas antigas, além de levar em conta as fases da lua. É usado, portanto, o conceito de adubo como um renascimento da terra e não uma simples nutrição da mesma, como seria para os orgânicos. 
Outro diferencial é a formulação de preparados exóticos que visam, além de tudo, harmonizar o solo. É usado esterco bovino fermentado dentro de um chifre de vaca, que é enterrado no inverno ou, se não, pode ser substituído por sílica misturada com água de chuva no chifre. Essa prática lembra procedimentos da homeopatia, pois, antes de ser enterrado, o conteúdo desses é diluído e energizado ou ativado por um processo de dinamização.

Naturais

Os vinhos naturais não excluem a prática de alguma técnica orgânica ou biodinâmica, pois ele descarta totalmente o uso de químicos e quaisquer atividades tecnológicas. Sendo esse, portanto, o mais extremo de todos os “vinhos verdes”, é produzido sem maquinário nem controle de temperatura e com métodos bem ancestrais. São mais delicados e frágeis, o que demanda transporte cuidadoso e atenção com alterações bruscas de temperatura, além de controle da exposição à luz solar.
Não julgue pela aparência! Quanto menos transparente for o vinho, mais indica que não houve muita manipulação na bebida. Os vinhas são turvos por não passarem por filtragem ou clarificação. Os naturais e os biodinâmicos são os menos concentrados e alcoólicos e, com isso, exibem um maior frescor, aromas florais, de frutas frescas e da levedura. E, diferente dos outros “verdes”, esses vinhos não têm uma certificação, pois geralmente, os trabalhadores possuem um próprio estatuto das práticas dos vinhos naturais.
O cultivo das uvas é natural, e elas são muito pisadas. Quase todos os vinhos desses tipos não possuem adição de sulfito.

O paradoxo do vinho

O anidrido sulfuroso ou dióxido de enxofre (SO2) é o produto enológico mais usado na adega. Sua principal função é de antioxidante, desinfetante e fungicida, além de melhorar o aroma e afinar a cor. Esse elemento garantirá condições melhores para os processos de vinificação da bebida, elimina bactérias e as leveduras indesejáveis e mais frágeis, o que faz com que somente os melhores sobrevivam e lidem com o processo fermentativo que seguiria. Os sulfitos se formam a partir do contato do SO2 com a bebida.
Entretanto, para muitas pessoas, o sulfito é um inimigo para os bebedores de vinho. Pelo seu potencial tóxico, algumas pessoas podem sentir desconfortos, como dores de cabeça, nos consumos moderados. Para as mais sensíveis, como as que sofrem da asma, ele poderia causar reações alérgicas mais graves. Por isso, o ideal é que a presença dele seja a menor possível.
O crescimento da oferta desses vinhos vem crescendo pelo mundo e seus métodos mais sustentáveis são tão atrativos que, hoje, é possível dizer que são uma tendência.7
Fonte : www.ecycle.com.br

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