sexta-feira, 28 de junho de 2013

Poluição Radioativa

Em nosso planeta, há uma pequena quantidade de radioatividade natural emitida por alguns elementos químicos, como urânio, rádio entre outros, que, espontaneamente liberam radiações de seu núcleo, como partículas alfa e beta, raios gama e outros. Nesse processo, eles se transformam gradativamente em outros elementos, até produzirem átomos não-radiativos, como o chumbo.
Com o final da Segunda Guerra Mundial, teve início a era nuclear, surgindo então mais uma forma de poluição criada pelo homem: a poluição radioativa.
A primeira fonte dessa forma de poluição foram as explosões nucleares, que lançam substâncias radioativas no ambiente, acarretando sérias conseqüências para os seres vivos, como infelizmente atestam alguns sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki, as duas cidades do Japão sobre as quais foram lançadas bombas atômicas, pelos Estados Unidos, em 1945.
Poluição Radioativa
A crescente busca de novas fontes de energia levou o homem a construir usinas nucleares, com a finalidade de aproveitar essa energia, utilizada para fabricar a bomba atômica, também para fins pacíficos.
Surgiram então novas fontes de perigo: a água usada na refrigeração dos reatores pode apresentar ligeira radioatividade ao ser devolvida ao ambiente.
Há também o problema de armazenamento dos resíduos radiativos produzidos, o lixo atômico, e, finalmente, apesar de toda a segurança que deve existir nesse tipo de usina, há a possibilidade de ocorrerem acidentes como o vazamento de material radiativo. Foi o que ocorreu em Chernobyl, na União Soviética, onde formou-se uma nuvem radiativa que se espalhou pela Europa.
Finalmente, os testes nucleares executados na estratosfera, o uso de raios X e de mostradores luminosos em relógios e outros instrumentos que usam tinta com pequena quantidade de material radiativo, e mesmo a televisão em cores, contribuem para aumentar a taxa de radiação no ambiente.
As substâncias radioativas emitem nêutrons, partículas alfa e beta, raios gama e outras formas de radiação que podem causar uma série de doenças ao organismo, inclusive o câncer. Provocam também mutações capazes de afetar o código genético das células germinativas, causando assim mudanças nas gerações seguintes, como ocorre até hoje em Hiroshima.
Algumas substâncias radioativas produzidas nas usinas e nas explosões nucleares têm uma duração extremamente longa. Uma vez lançadas no ambiente, seus efeitos persistem até que a substância se desintegre, transformando-se em outra substância estável.
Além da morte imediata de inúmeros seres humanos e dos efeitos da radiação ao longo das gerações, uma guerra nuclear teria mais uma trágica conseqüência, conhecida como inverso nuclear. A poeira levantada pelas explosões atômicas, aliada à fuligem e à fumaça dos incêndios, impediria a penetração de luz na atmosfera, bloqueando por alguns anos a fotossíntese e fazendo cair de vários graus a temperatura. Com isso, poderia ocorrer a extinção de numerosas espécies, inclusive o homem, que poderia ter um fim semelhante ao dos dinossauros, os quais, provavelmente, tiveram seu “inverno nuclear” provocado pelo impacto de um asteróide no planeta.
Poluição Radioativa
A energia solar, tendo em vista o seu elevado custo e os riscos decorrentes do seu uso, deveria ser considerada não a primeira das opções para geração termoelétrica no Brasil, mas a última delas. Deveria ser utilizada apenas quando fosse impossível gerá-la de outras formas.
Mesmo aceitando essa posição, seria importante manter o domínio tecnológico da opção nuclear, para o que será indispensável prosseguir de maneira gradual nas atividades de pesquisa, desenvolvimento e capacitação industrial nessa área, aumentando a participação dos técnicos e da indústria nacional.
Finalmente, a decisão de instalar novas usinas e sua eventual localização deveriam ser objeto de apreciação do Poder Legislativo.
Os efeitos da radioatividade vão depender do tipo e da quantidade de radiação que chega ao organismo durante um certo tempo. Doses muito altas (mais de 1.000 rads, uma unidade de medida da quantidade de radiação recebida) matam em poucas horas, uma vez que destroem as proteínas do ser vivo. Doses menores que 1.000 rads e maiores que 400 rads prejudicam a renovação das células da mucosa intestinal, provocando hemorragias, diarréia, vômitos e infecção.
Na maioria das vezes, essas doses também levam o indivíduo à morte. Além disso, os sobreviventes apresentarão, posteriormente, alterações nas células do sangue, devido a modificações na medula óssea. Nesse caso, pode ocorrer leucemia ou outros tipos de câncer, que às vezes surgem dez ou vinte anos mais tarde.
Isso ocorre porque algumas substâncias radiativas produzidas nas usinas e nas explosões nucleares têm duração extremamente longa. Uma vez lançadas no ambiente, seus efeitos persistem até que elas se desintegrem, transformando-se em outra substância estável.
Algumas usinas, por exemplo, transformam urânio em plutônio, usado também nas bombas atômicas. Esse elemento possui uma meia-vida de 24.300 anos, ou seja, partindo de um quilo de plutônio, depois de 24.300 anos ainda restará metade dessa quantidade.
Poluição Radioativa
Já o estrôncio 90 tem uma meia-vida de 29 anos, o que significa que levará 29 anos para determinada quantidade desse isótopo atingir níveis insignificantes. Esse tempo é suficiente para que ele penetre nas cadeias alimentares e se acumule nos organismos vivos. O mesmo acontece com o iodo 131, que tem meia-vida de apenas 8 dias. Através da cadeia alimentar, ele pode depositar-se na glândula tireóide, provocando câncer de tireóide.
Por isso, as populações expostas a acidentes como o de Chernobyl recebem iodo normal: saturando tireóide, impede-se que o iodo radiativo se fixe nessa glândula, sendo então eliminado pela urina.

As possíveis soluções

Para se evitarem os efeitos desastrosos da radiação atômica, o lixo atômico deve ser colocado em recipientes extremamente resistentes e de longa duração.
Esses recipientes podem então ser enterrados em formações geológicas rasas ou profundas, ou ainda estocados em instalações especialmente construídas na superfície da Terra.
Como, entretanto, essas soluções não são totalmente seguras e não resolvem o problema, pesquisam-se formas de reaproveitar totalmente os resíduos.
Os defensores do uso da energia nuclear acham que vale a pena correr riscos por esse tipo de energia, especialmente no caso de países onde outras fontes energéticas não são suficientes. Nesse caso, é necessário aumentar a segurança em relação às usinas e ao lixo atômico.
Outros cientistas, menos otimistas, acham que os benefícios da energia atômica não compensam os riscos que ela representa. Para eles, as usinas poderiam funcionar, mas apenas para pesquisas, em número limitado e não para gerar energia. O melhor, segundo eles, seria concentrar as pesquisas em outros campos, como a energia solar, por exemplo, e aproveitar ao máximo a energia hidrelétrica, em países onde ela é abundante.
Quando a outras formas de poluição radiativa, podem ser dadas as seguintes recomendações: a nível individual, não assistir televisão em cores muito de perto e limitar o uso de raios X aos casos de grande necessidade. A nível de sociedade, deveriam ser proibidos testes nucleares e o que seria ideal, armas nucleares, mediante acordo entre as superpotências.
Fonte: www.geocities.com 

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