terça-feira, 22 de julho de 2014

Reciclar deve vir por último

No famoso esquema dos 3Rs (reduzir, reusar e reciclar), a reciclagem vem em último lugar. Quem busca conscientização ambiental deve tomar atitudes que reduzam a demanda de matérias-primas para a fabricação dos mais diversos artefatos; evitar o desperdício é uma delas.
É um grande desafio educacional e cultural face à inserção das pessoas numa sociedade de consumo descartável.
Um exemplo de reuso está no reaproveitamento de embalagens vazias, normalmente para finalidades diversas da destinação original, o que dispensa a compra de embalagens novas ou evita a compra de outros produtos se a reutilização for de "reciclagem artesanal".
O reuso tem uma característica peculiar, que é o baixo ou nulo consumo de energia e de insumos para sua realização. Esta é a grande diferença frente à reciclagem. Quando o material não tem condições de reutilização (como no caso de uma embalagem de vidro quebrada), aí sim lança-se mão da reciclagem. Nela, consomem-se energia e insumos (água, trabalho de pessoas, etc) para transformar o produto usado em novos artigos, inclusive diferentes do produto inicial.
A reciclagem se enquadra, como os demais aspectos da questão ambiental, num contexto interdisciplinar: ela tem geralmente como grande vantagem a redução do consumo energético frente à fabricação do mesmo produto a partir de fontes primárias.
Talvez por isso a indústria em geral tem dado tanta atenção à reciclagem, inserida em um escopo mais geral que se chama “atuação responsável”, que tem por filosofia a adoção de procedimentos de melhoria contínua em vários ramos de atividade industrial, com destaque para a redução na emissão de efluentes, controle de resíduos (geração e reciclagem), saúde e segurança no trabalho. Todo o ciclo de vida de um produto químico é cuidadosamente analisado para evitar qualquer risco ao meio ambiente, e a reciclagem é uma das alternativas disponíveis.
A reciclagem é mais complexa do que parece à primeira vista. Não se trata simplesmente de jogar plásticos, embalagens de aço, alumínio, papéis... num determinado processo. Deve-se mencionar que existem diversas precauções a serem tomadas quando se deseja empreender um negócio neste ramo. Vejamos alguns exemplos: não se recicla vidro comum misturado com pyrex, vidro incolor com vidro marrom (ou âmbar); a presença de líquidos oleosos “mata” a reciclagem do aço; o papel molhado ou sujo com gordura inviabiliza a reciclagem do mesmo (por isso, papéis toalhas e guardanapos não são recicláveis. E assim vai...

Desse modo, antes de as pessoas se aventurarem no campo da reciclagem, é preciso que estejam devidamente instruídas sobre o que é a reciclagem e seus pré-requisitos para que a animação inicial não se transforme em pesadelo depois. Existem cursos que podem ajudar interessados e empreendedores a entender melhor a reciclagem antes de investir dinheiro.
Fonte : www.setorreciclagem.com.br

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