terça-feira, 1 de outubro de 2013

Brasil avança pouco para superar lixões e aterros, aponta pesquisa

“Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil” mostra números preocupantes sobre destino correto de resíduos e reciclagem no Brasil em 2011

Restam apenas dois anos para o término do prazo de implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), mas ainda falta muito para extinguir os lixões e reaproveitar todos os resíduos recicláveis. É isso que atesta a pesquisa “Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2011”, produzida pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) e divulgado hoje.
O relatório aponta que das 55 milhões de toneladas de lixo produzidas ano passado, 32,2 milhões tiveram como destinação aterros sanitários que estão de acordo com as normas brasileiras. O restante, 23,3 milhões de toneladas acabaram indo para os nada recomendáveis lixões, em que os resíduos não são acomodados de maneira devida. Chorume, que contamina solo e potencialmente lençóis freáticos e gases que contribuem para o efeito estufa estão entre os malefícios desse método.
Apesar de haver melhora de meio ponto percentual com relação ao índice de destinação correta, em comparação ao ano anterior, o brasileiro comum aumentou sua geração de lixo em 1,8%. Isso denota que houve um acúmulo maior de resíduos em lixões ao longo de 2011.
Por todo o Brasil, 6,4 milhões de toneladas de lixo não foram nem coletadas no ano passado. Acabaram parando nas vias públicas, em rios e em outros locais em que prejudicam o meio ambiente e a vida urbana.
Coleta seletiva
Além de determinar que os lixões devem ser extintos, a PNRS estabelece que apenas os rejeitos, ou seja, os resíduos que não podem ser reciclados ou compostados, devem ir para os aterros sanitários. Nesse quesito, a pesquisa aponta que também houve pouco avanço. Entre todos os municípios brasileiros, 58,6% disseram possuir serviço de coleta seletiva – apenas 1% a mais que em 2010.
Em entrevista ao Estado de S. Paulo, o diretor da Abrelpe afirmou que a produção de resíduos continua crescendo. “Esperávamos já ver algum reflexo da política. Mas, se continuar neste ritmo, não vamos conseguir acabar com os lixões até 2014”, diz.
Os problemas passam por demora em licenciar aterros, falta de um modelo de logística reversa, que reaproveitaria boa parte do que hoje vai para o lixo, além de investimentos no serviço de limpeza urbana, que atualmente é de R$ 10,37 por habitante por mês.
Postos e compostagem
Enquanto as políticas não se encaixam você pode amenizar o seu impacto no meio ambiente por meio de algumas iniciativas. 
Fonte : www.ecycle.com.br

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