Pesquisadores na Austrália mostram que corais correm risco sério, principalmente devido às emissões de CO2
Recifes de coral estão ameaçados por causa do aquecimento e do aumento da acidez nos oceanos, diz um estudo de nove meses feito por cientistas da Universidade de Queensland, publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences, dos Estados Unidos. A pesquisa usou simulações de computador para medir o impacto das variações na temperatura e no PH nos recifes da costa de Heron Island, Austrália.
A situação preocupante nos oceanos está ligada à emissão de CO2, e os resultados do estudo revelaram que mesmo com emissões baixas dos gases causadores do aquecimento, os corais continuaram morrendo ou tiveram o ritmo de reposição diminuído. Isso pode ter efeitos adversos para outros seres vivos, pois os recifes servem de habitat para milhares de espécies e protegem o litoral dos impactos do oceano.
Diferenças desse para outros estudos
Outras pesquisas envolvendo os pólipos tiveram como foco a resistência que um coral opõe a mudanças em suas condições, e não avaliaram a influência de variáveis múltiplas, como temperatura e acidez, além de mudanças diárias e sazonais.
Os fatores que poderiam diminuir a ameaça do CO2 contra os corais seriam: mudança evolucionária rápida levando à adaptação, uma variedade de respostas de organismos diferentes a acidez nos oceanos e vulnerabilidades diversas ao branqueamento. No branqueamento de corais, a alga que vivia em simbiose nos tecidos do pólipo é expulsa. Isso ocorre quando há mudanças na temperatura da água, no regime de luz ou nos nutrientes disponíveis. O processo não mata o organismo, mas deixa-o mais vulnerável.
Mudanças nas águas
Os oceanos responderam mais lentamente ao aquecimento global, mas pesquisas recentes estão indicando que os ecossistemas marinhos podem ser ainda maisvulneráveis do que os terrestres. E os corais estão entre os seres mais ameaçados.
O oceano absorve aproximadamente um terço do CO2 emitido e cenários que exploram as condições do futuro indicam que o PH do oceano pode diminuir em meio ponto, ficando mais ácido, se as emissões persistirem. Esse quadro teria impacto principalmente em animais de concha, que incluem lagostas, camarões, ostras e corais.
Fonte : www.ecycle.com.br
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