Bucha vegetal dura até um mês e é bem mais difícil de ser contaminada
Após prepararmos almoço, lanche ou jantar, por mais preguiça que exista, é necessário lavar a louça. A principal "companheira" nesses momentos é a esponja sintética, objeto que permanece em contato direto com germes e bactérias concentradas na pia e que são transmitidas diretamente para nós pelo contato com a esponja. Mesmo com sua descontaminação (veja aqui como se faz), a duração da esponja não deve ultrapassar três semanas, sem contar que o material é de difícil reciclagem, pois é composto por um plástico chamado poliuretano, um tipo de plástico derivado do petróleo. Então, qual a solução?
Ela é talvez mais conhecida que a esponja sintética. Trata-se da bucha vegetal. Diferentemente da outra opção, a bucha é uma planta cujo nome científico é Luffa cylindrica, é nativa de regiões tropicais. Pode ser cultivada para usos medicinais e algumas variedades chegam a atingir 1,2 metro. Ela é da família das cucurbitáceas, mesma do pepino e da melancia e é uma trepadeira que gosta, durante seu cultivo, de muita luz solar.
Uma característica importante da bucha é o seu fornecimento de esponja fibrosa, que é muito útil na higiene pessoal e limpeza geral. Se você cultivá-la em sua casa, basta retirar a sua casca e sementes, molhá-la com água e deixá-la secar por um tempo. Após isso, você estará pronto pra lavar a louça. E para fazer o serviço completo da sustentabilidade, veja uma receita de detergente caseiro ou então de sabão feito com óleo de cozinha usado.
Vantagens
E não é só por esses motivos que a bucha é melhor do que a sintética. Ela também é mais eficiente porque limpa as louças tão bem quanto a esponja industrialmente fabricada e tem a grande vantagem de não riscar a louça. É mais barata (se for comprada em feiras e mercados locais) e ainda rende mais, pois pode ser cortada em pedaços e dura cerca de um mês. Muito mais higiênica, já que demora mais para desenvolver fungos e bactérias e tem descontaminação muito simples e prática (basta ferver em água). Usando a bucha, você também incentiva os pequenos agricultores que produzem a planta e preserva o uso dos materiais plásticos para usos mais nobres do que um objeto contaminante, de curtíssima vida útil.
Não menos importante que sua funcionalidade, ao contrário da esponja sintética, a bucha é biodegradável e não deixa resíduos na sua degradação. E por ser biodegradável, também pode ser compostada. Mas preste atenção no processo da compostagem porque ela só deve se dar via a compostagem seca. Se for para a vermicompostagem, as minhocas que realizam o trabalho de decomposição do lixo orgânico podem ser contaminadas por resíduos de detergente ou sabão que tenham permanecido na bucha. Veja aqui mais informações no nosso guia da compostagem doméstica.
Caso você tenha problemas com aquelas crostas difíceis de sair, junte a bucha com alã de aço, uma outra alternativa para a lavagem de louças, pois se trata de um material que se decompõe com mais facilidade ao oxidar-se, com danos menos significativos ao meio ambiente que as esponjas sintéticas de poliuretano.
Colocando a bucha na sua rotina, você vai produzir menos lixo, economizar na compra de esponjas e se não quiser mais comprar, você tem a possibilidade de cultivar ela em sua casa.
Vídeo abaixo mostra como é feita a colheita da bucha vegetal.
Fonte : www.ecycle.com
0 comentários:
Postar um comentário
Os comentários só podem ser efetuados se o assunto for da postagem